A Cooperação transfronteiriça que tem vindo a ser promovida pelo CEI, instituição que resulta duma parceria entre a Câmara Municipal da Guarda, Universidades de Coimbra e Salamanca e Instituto Politécnico da Guarda, em torno de temas que vão das dinâmicas territoriais e dos processos de desenvolvimento regional e local à educação, saúde, cultura, etc., o que acabou por acumular no Centro um considerável acervo de informação que constitui um inestimável património acumulado.
As iniciativas que tem vindo a promover permitem identificar, divulgar e valorizar diferentes recursos do território, partilhar conhecimento e dinamizar atores, contributo que não pode ser negligenciado na formulação de estratégias que concorram para a coesão e a integração dos espaços transfronteiriços e de baixa densidade, designadamente os da Raia Ibérica do Centro de Portugal e de Castylla y Léon.
Além deste pilar da Cooperação, a missão do CEI também passa pela difusão do Conhecimento, assumindo-se como um centro de transferência científica, abordando temas fundamentais para conhecer os espaços transfronteiriços, mais débeis e com maior profundidade, como são os de baixa densidade, onde relevam: as dinâmicas e processos de reestruturação territorial; as redes de cooperação e iniciativas de desenvolvimento local, em contextos rurais e urbanos, saúde, educação, equidade e coesão social, etc.
A experiência capitalizada pelo CEI, ao longo de 18 anos, permite-lhe, além de continuar a aprofundar a cooperação transfronteiriça, alargar o seu envolvimento com outras geografias, onde relevam, naturalmente, os Países de Língua Portuguesa (PLP), alargando as redes e parcerias já instituídas a atores e investigadores da comunidade lusófona, com vantagens reciprocas. O reforço da capacidade institucional, de eficiência e de intervenção do CEI passa, pois, por dinamizar iniciativas no âmbito da cooperação, do conhecimento e da cultura, estimular a investigação e apoiar estudos e debates que permitam capacitar pessoas e internalizar competências nos territórios.
Um olhar prospetivo deve abrir uma nova janela de oportunidade para o CEI e um horizonte de esperança para os territórios fronteiriços e de baixa densidade, com que está mais comprometido, o que implica, antes de mais, reforçar a sua capacidade institucional. Valorizar o património acumulado e dinamizar uma agenda renovada e inovadora, aberta à sociedade, portanto, em permanente atualização, também passa pela sua afirmação como centro de difusão de conhecimento, transfronteiriço e transdisciplinar, que acolha entre as suas coordenadas de atuação: a aposta na Cooperação para esbater fronteiras, qualificar pessoas, valorizar territórios.
O reforço da capacidade institucional do CEI é importante para continuar a promover iniciativas de cooperação territorial, alargar a conexão com redes e parcerias transfronteiriças e lusófonas, que impulsionem a investigação e internalizem competências no território; difundir informação, promover estudos e dinamizar fóruns sobre temáticas atuais, dando enfase às que estejam mais relacionadas com as áreas fronteiriças e de baixa densidade.